nn
■ 32
Seria Allah u akbar? Não, as letras não coincidiam.
E os primeiros versículos do Alcorão? Biçmillah Irrahman Irrabim? Não, também não podia ser.
Teria de ser uma coisa secreta, uma coisa que só Ahmed soubesse. Essas frases islâmicas eram demasiado óbvias para serem escolhidas para código.
A dor voltou, lancinante. Cerrou os dentes, fez força com o corpo todo, comprimiu os olhos até as lágrimas lhe nascerem pelos cantos e esperou que o espasmo passasse. Quando a dor finalmente recuou, olhou de novo para a charada, sabendo que, custasse o que custasse, tinha de se manter concentrado.
E se fosse um nome? Balançou afirmativamente a cabeça, encorajado com aquela linha de pensamento.
Sim, um nome. Maomé ou Mubammad estavam fora de questão, as letras não coincidiam e, além do mais, tratava-se também de uma opção por demais evidente. Claro que o seu antigo aluno poderia ter utilizado o seu próprio nome.
Não, abanou a cabeça. Também não. Ahmed não dava. Era um nome demasiado curto e óbvio. Além disso, faltava à charada o e. A ser um nome, parecia-lhe claro que teria de ser um nome secreto, um nome que... que...
Caramba, se calhar... se calhar...
"Ibn Taymiyyah!", exclamou. "É Ibn Taymiyyah!"
00:26
Agarrou-se ao teclado e escreveu Ibn Taymiyyab, o nome de guerra de Ahmed na Al-Qaeda. Era Ibn Taymiyyah, convenceu-se no seu desespero. Só podia ser Ibn Taymiyyab!
Acabou de introduzir as letras, o rosto coberto de transpiração e o suor a pingar profusamente pela ponta do nariz e do queixo, e cravou os olhos ansiosos no relógio.
nn po